terça-feira, outubro 31, 2006

Humm...

Eu: "Não sei o que é que hei-de fazer..."
Ele: "O melhor a fazer quando não se sabe o que fazer é não fazer nada..."

Moral da história: não agir antes de se saber o que se quer ou o que pode ser melhor... dar tempo ao tempo
Vantagens: não deitar tudo a perder antes do tempo, para poder eventualmente perder o menos possível ou quiçá ganhar mais do que se previa, quando se souber mais alguma coisa do que nada...
Inconvenientes: quem espera, desespera... com prejuízo maior para quem não sabe (o) que o espera...

segunda-feira, outubro 30, 2006

Não fazer nada cansa...

Eu: "Então, o fim de semana foi bom?"
Ela: "Naaaa... (careta) Foi cansativo..."
Eu: "Ah, estiveste a trabalhar?"
Ela: "Não, não fiz nada..."

domingo, outubro 29, 2006

Incenso... Consenso... Ou sensenso algum...

Resolvi ir ali à lojinha grande do chinês para me obrigar a vestir e a sair de casa. Mal ou bem, enquanto as outras lojas estão fechadas, a do chinês abre também ao domingo. Fui com a ideia de comprar incenso. Claro que, para além do incenso, mais. Comprar só o que se quer, torna-se complicado. O que se quer vem rodeado de outras coisas... Se assim não fosse, eu dizia-"te" para vires só com as partes de que gosto e pedia-te gentilmente que não mostrasses as outras que acabo por comprar "de sem querer" para te ter mais um dia. Portanto, comprar apenas o que se quer antes de se ver o que se quer e o que não se quer (ou não nos lembrámos de querer), é tarefa árdua... Penso que isto seja consensual...
Incenso... Escolhi pelo cheiro, sem me chatear muito porque isto dos incensos ainda é pior que do escolher perfumes porque, nas perfumarias, há os tão simpáticos testers e ali não... ando a cheirar a embalagem a ver se me agrada. Tu também podias vir com tester... Experimentava-te sem te abrir e, melhor, sem saberes. Escusava-me a muita coisa. Mas não, tenho de ver se a coisa me cheira bem... E comprar-te sem te usar primeiro. Se te quiser. Grande chatice!
Bem, pelo cheiro, saíu-me isto:

Chocolate - "traz a prosperidade e o progresso". Não se pode comer. Pois, não convém. Só cheirar. Quanto a "ti"... afinal, é melhor nem cheirar... pq não tens nada que indique que "não se pode comer".
Hortelã (Menta) - "quebra os encantamentos". ou, em espanhol, "rompe el encanto embrujado". Há encantamentos difíceis de quebrar. Outros então que rapidamente se tornam desencantamentos difíceis de quebrar. Procura-se "rompe el desencanto embrujado"! Recompensa a quem o encontrar 1000€.
Baunilha/Morango - "suavidade e paixão"
Macã Verde - "atracção, satisfação e bliss!" (hãaa??)
Amor (a que cheira o amor?!) - "cria um momento único" Posso escolher o momento único que quero?
Coco - "sucesso; destruidor de obstáculos" É agora que vou ser uma mulher bem sucedida. Era isto que faltava na minha vida! Não eras "tu"...

Tenho a queimar o chocolate. Era bom que queimasse também o das minhas pernas... Cheira-me bem e não engorda pelo cheiro. Parece que cheirar não compromete. Como os vestidos pretos. Hã? Mas não deixa(s) de ser tentador. Como um vestido preto para ti.

Ok, terminei sem sentido nenhum... como tu na minha vida... sensenso.

Ou, se calhar, fico com o olfacto. Cheira-me...

sábado, outubro 28, 2006

Birra

Escrevi um post que, dada a ocorrência oportuna de um "erro", desapareceu, foi-se! como sinal de protesto, hoje estou de greve! escrever o post outra vez não é uma hipótese porque nunca seria igual e porque não me apetece. Tenho dito.

Faça uma pausa com.... Kit Kat

Uma pausa no pensar e no sentir aquilo que se pensa e sente antes de abocanhar o kit kat*... depois da pausa, o play põe-nos a pensar e a sentir novamente, até nova pausa para... kit kat... again and again. Stop?

*entenda-se por kit kat toda a comida que nos ajuda a engolir as emoções indigestas

Nota: felizmente, nem toda a gente se vai identificar com este post, porque consegue gozar de pausas saudáveis com... kit kat! só porque sim :) e não fazem "refeições emocionais"

sexta-feira, outubro 27, 2006

Um bocadinho de TV

Comecei por ver a Estrelinha... gosto de ver os nossos actores e acompanho a ficção nacional. yeah yeah yeah... brilha em qualquer lugar.... bom momento de esvaziamento... descanso do Tico e do Teco...

Grande Reportagem de Judite de Sousa, hoje com António Lobo Antunes, pouco psiquiatra e muito escritor, suficientemente louco e triste para ter uma relação significativa e (quase) exclusiva com o papel. Frases que registei:

  • "A mulher de um escritor é uma viúva que tem um morto em casa."(cita um escritor espanhol)
  • "Felizmente tive uns pais normativos - é triste que uma criança não tenha normas e regras. (...) Ele (o avô paterno) foi importante para mim porque me deu calorias de ternura."
  • "Os mais invejosos são aqueles que não têm mto talento."
  • "Cada pessoa tem a idade com que nasceu."
  • "O tempo em que nao se está a escrever, a olhar para o tecto, é tão importante como o tempo em que se está a escrever. As coisas estão a reformular-se cá dentro."
  • "Não tenho depressões. Não tenho tempo para as ter nem sou suficientemente rico para as ter..."
  • "Ninguém ganha (n)uma guerra. Todos perdem..."
Pessoa estranha, mas obrigada!

A Revolta dos Pastéis de Nata

Espaço de reflexão descontraído... Sobre a inveja, por Isabel Leal:
  • "angústia enorme porque os outros... existem"
  • "desejo secreto pela estrela cadente"

Sobre... Elsa Raposo?? (pelo "boinas")

  • "Elsa Raposo acabou com mais um namorado, dois meses depois de retirar a tatuagem com o nome do anterior e fazer outra com o nome do novo. Se é para pôr e para tirar, por que é que ela não usa post its?" eu acho q ela, internamente, usa mesmo post its. as tatuagens são só mesmo exteriores. por fora custa um bocadinho a sair, mas, por dentro, é num instante. era bom para si que se ajudasse por dentro procurando um técnico de saúde mental e não apenas por fora, oferecendo a alma às revistas em troca dos comentários de nós todos sobre a sua pessoa. há vícios para tudo, infelizmente... e os que passam (mais ou menos) despercebidos são (ainda mais) facilmente alimentados pelo meio...

Num3ers - nova série, substituta do Dr. House. Não foi mau, mas eu gostava muuuuito do Dr. House, por isso preciso de ver mais e melhor para me convencer. É sempre mau ser-se substituto...

quinta-feira, outubro 26, 2006

Pontos nos is

"Não sou mulher de um homem só; gostava só de um homem."

(in "Estes difíceis amores", Júlio Machado Vaz)

A REVOLTA DOS PASTÉIS

A REVOLTA DOS PASTÉIS DE NATA (Nº 4 de 13) - a dois - 23h30


Tema: A INVEJA

"Uma certa figura, que ficou conhecida por deitar a língua de fora (Albert Einstein), disse um dia sobre a Inveja:

"Se dissermos algo de mau acerca de outra pessoa descobriremos que a mesma critica se aplica a nós próprios. Os únicos erros que nos incomodam nos outros são aqueles que nós temos."

Bem depois disto, não nos atrevemos a acrescentar mais nada, porque seria tudo muito “relativo”. Mas o que essa figura, que deitava a língua de fora, desconhecia era a Inveja dos Portugueses. Se conhecesse ficaria seguramente com os cabelos ainda mais em pé. Os portugueses não são propriamente invejosos, detestam é que os outros tenham sucesso e eles não; os portugueses não são invejosos, a felicidade dos outros é que é incomodativa; os portugueses não são invejosos, não fazem é coisas úteis porque despendem muito tempo a cortar na casaca. Em Portugal, se uma tipa gira atinge um lugar cimeiro foi porque fez uma trajectória na horizontal; se um tipo consegue destacar-se foi apenas porque teve um bom padrinho; uma cara bonita da televisão é sempre um burra; se é uma apresentadora feia dizem logo que é uma apresentadora feia; se for um apresentador rechonchudinho, só pode ser o sacana do “boinas”.
Há que dize-lo com frontalidade: somos o país do “mete nojo”, da moralzinha medíocre; da crispação inócua; das mentes curtas… Portugal é um país paralisado pela inveja, mas o que agora nos interessa saber é: Se a Inveja portuguesa fosse um doce, seria baba de camelo?"

Convidados: Daniel Nascimento (Apresentador)
Isabel Leal (Psicóloga)


(retirado do site da rtp)

Nunca vi um programa na íntegra, mas acho que vai ser hoje. É sobre a dor de corno. É verdade que toca a todos. Mas a baba de camelo cai bem melhor que qualquer dor, diga-se de passagem. Seremos todos uns grandes camelos uns para os outros? Parece que criticamos tudo o que nos deixa babados... de desejo...

quarta-feira, outubro 25, 2006

Braço de ferro

Sabem aquelas coisas que têm de ser? que ganham vida própria e têm uma energia que nos ultrapassa? que não conseguimos controlar e metem raiva por isso? não quero, não quero, não quero. e, no minuto a seguir, já quis. porquê?? venho, por este meio, admitir que quero. Mas, até agora, e estoicamente, ainda não quis... Até ver... o que tem de ser tem muita força... Mas o que é que afinal determina o que tem de ser? Que força é essa?

Mau feitio

Saí a meio da aula da Paula porque me esperava mais uma sessão de conhecimento de mim. Quem é esta que habita em mim, afinal? Há a maior parte dos dias em que não quero saber. Estava eu a falar do M.. "Mas do que tem saudades desse relacionamento?" "Não tenho saudades do relacionamento. Não havia relacionamento nenhum. Aquilo não era nada!" (fdx, não quero saber!) Esta não pode ser a parte em que me vou embora?? ... E, nisto, a chuva levou a luz... Fez-se escuridão! Hehe...
Vejo sem ver o meu terapeuta atrapalhado à procura de velas. "Tem isqueiro?" "Não." Continuo sentadita. Gosto de ver os homens atrapalhados, enquanto uma gaja não mexe uma palha e observa. E continua a sessão à meia luz das velas. "Ainda temos mais 10 minutos. Estávamos a falar de..." Estávamos a falar do M.." Lá dei a volta ao assunto e acabei a falar da minha mãe... Faço muita batota. O que é estupidez da minha parte. Estou a pagar e, fazendo batota, só adio e arrasto o processo... E gasto mais dinheiro. Mas não é isso que fazemos muitas vezes? Fugir e adiar. Deixar para amanhã o que podemos sentir hoje. Em vez de amanhã já não doer, dói amanhã e depois e depois... Depois, paga-se caro com o coração. E, neste caso, tb com euros.
Finalmente acaba a minha hora.
Mas não havia electricidade, o que significa que tudo o que é eléctrico deixa de funcionar. Ora, quando se tem uma porta eléctrica, torna-se complicado sair! Principalmente quando a mesma tem uma fechadura pela qual uma chave é suposto "abrir o sésamo", mas que abre apenas por fora, uma vez que por dentro há um interruptor que electricamente o abre e não é preciso a chave... a menos que não haja luz... Em jeito de piadola, o meu terapeuta ainda sugeriu que saísse pela janela, dada a minha aparente vantagem, uma vez que trabalho com o movimento e dou "pulos", como diz a minha mãe. Uma querida, a minha mãe. "Estou a brincar...", diz ele, tarde demais, ao mesmo tempo que já estou a responder "A lei da gravidade é igual para todos..." Que merda é esta? Estivemos 20 minutos a empatar conversa... O tempo, a utilidade dos telemóveis... Durante o "empatamento", ainda sugeriu que "falássemos" mais 5 minutos. Mas, se já tinha acabado o tempo da minha tortura, nada feito! Há dias em que me apetece falar e tenho de ir para a rua porque acabou o tempo, mesmo que esteja lavada em lágrimas. Então sejamos justos. Já me conheci o suficiente por hoje. (Há que cultivar o mau feitio, principalmente quando se tem bom feitio a maior parte da vida.) Conheci que tenho um lado "certinho" que me fez procurar uma pessoa "certa" e, no outro lado da moeda, uma "instabilidade estável" que me fez arranjar o pirilampo do M.. Pessoas certas só no momento certo! Não se pode acertar com alguém quando não se está certo. Timings. A única forma de conseguir ser/estar estável é deixando-me estar. Estou.
:)

Esperámos pela recepcionista da clínica - que, às 21h, já estava em casa de pijaminha - que nos veio abrir a porta e devolver a luz da noite... Até para a semana!

Bah!

Não correu bem. A minha frase era: "Incluo-as todas nas fotografias?" Saíu-me: "Incluímo-as todas nas xftografias?" E depois passei o resto da cena com cara de parva enquanto os de direito discutiam na suposta reunião. Não. Quero repetir. Querias!!

Portas direitas

Tenho a dizer que ontem foi o último o episódio da novela SS, que poderia, efectivamente ter durado mais 10 dias, se eu tivesse deixado as coisas nas mãos deles. Fui directamente à sede na Afonso Costa, onde me dirigi à senhora da "triagem":
- "Recebi esta carta que pede que entregue a prova de cessação de actividade..."
- "É a senha D." - gentilmente, entrega-me a dita. 80 números. Andei a fazer tempo pelas redondezas, sempre cá e lá, não fosse o número passar. 1h. Não foi mau. Sou atendida por um senhor que tira uma cópia da carta que recebi deles, agrafa-a à prova de cessação de actividade e coloca as duas folhas no arquivo do lado direito da sua secretária cheia de papelada. Já está? Esta é a parte em que me vou embora?
- "Desculpe, só mais uma questão. É que eu já fiz este pedido há 15 dias e já passou o prazo de 10 dias úteis. Vou ter de esperar mais 10 dias? Comé quié?"
Pega novamente nos meus papéis que tinha acabado de carimbar e assinar:
- "A senhora sai para a rua e vai ali ter com o meu colega da porta que fica do lado direito e diz-lhe que vai ao 7º andar."
Depois de me enganar no lado direito - os lados direito e esquerdo dependem smp da pespectiva :P - e ter falado com a pessoa errada que não estava a entender o que eu queria - "Vamos começar do princípio...", dizia ele, lá me fiz entender e ele lá me mandou para o lado direito certo (o meu "outro lado direito" como eu costumo dizer às minhas alunas quando trocam um pé com o outro). O senhor errado lá me mandou para o sítio certo. O que ia eu lá fazer? Não sabia. Tinha apenas duas folhas na mão para mostrar. Para onde o elevador me estava a levar? Para o 7º andar. Abre-se a porta. Um papelinho na parede diz "independentes" com uma seta para o lado direito. desta vez não há como enganar. é só seguir a seta. Eu, "independente"? Tem piada! Como é que uma pessoa que ganha uns trocos e é obrigada a descontar quase a pele por conta dos recibos verdes consegue ser independente?? entro numa sala de espera onde está um jovem sentado e duas portas fechadas. E agora? Senhas? Não! Com quem é suposto falar qdo estão duas portas fechadas? O rapaz explica-me que tenho de bater à porta que tem o último algarismo do meu número da SS. Reparo então nos algarismos que estão ao lado das portas sem qualquer referência à sua utilidade. A minha porta é a "direita". Bato. Nada. Um papel diz para bater e aguardar. Aguardo. Nisto, sai uma senhora da porta esquerda que entrega um papel ao amigo que me ajudou e volta para dentro. Ele vai-se embora. Sai outro senhor da porta esquerda. E a direita? "- Sabe se é essa a sua porta?" "- Sim." "- Já bateu?" "-Já." "- Deixe-me ver o seu número... (mostro-lho) Por acaso, é mesmo essa porta. Bata outra vez." A fazer charme. Este senhor estava com vontade de me ajudar... Mas estava na porta direita errada! E volta para dentro. Bati novamente. Finalmente, sai uma senhora. Recebe os meus papéis e volta para dentro. A porta fecha-se. Espero. Espero. Será que ela vai voltar? Ou era mesmo só para entregar os papéis? Não, se ela não disse nada, deve ser para esperar. Espero. E esperei bem. Estavam efectivamente a tratar da minha declaração, a qual a senhora me veio entregar. "- Agora tem de ir à tesouraria carimbar. É a porta do lado direito." Muitas portas têm eles!! Por que não fazer tudo no mesmo sítio? Saí do edifício e fui para o lado direito certo. Lá me puseram o bendito selo branco no documento, sem o qual o abençoado papel não teria qualquer valor! Bolas! Respiro fundo. Antes que um raio destruisse qualquer pedaço daquele papel, fui entregá-lo a quem mo pediu, com a esperança de que valha realmente alguma coisa. Depois de ter passado por 4 repartições da SS, de ter perdido 3 dias nas mesmas e ter esperado 14 em casa, já era com tempo!

Uma questão permanece: por que não me mandaram imediatamente para o 7º andar que até vinha referido na carta? não era eu que me ia pôr a bater à porta de todos os 7ºs andares de Lisboa! Não. Tinha de passar pela senhora da triagem que não viu a referência na carta ao 7º andar. Pelo senhor da senha D. Que não ligou ao que dizia na carta. E, só depois de refilar e insistir, e com muita sorte, o senhor da senha D teve uma luz e me mandou para o 7º. Há que complicar!! Aliás, em Roma, não se pode ser inglês, por isso...

domingo, outubro 22, 2006

Domingo em casa

Hoje é daqueles dias em que um empurrãozinho teria ajudado... Vejamos o programa das festas:
- 9a Feira do Emprego, onde estarão, no máximo, a vender trabalho, apesar do estimulante número de "ofertas"... quem é que me vai oferecer alguma coisa?
- estudar o texto da cena que vou gravar amanhã;
- arrumar o quarto;
- blogar, o que inclui tentar perceber mais alguma coisa disto, fazer algumas mudanças, ler as novidades dos outros bloggers;
Vejamos a concretização das festas:
- um dia de chuva a cair sem parar a avisar que o melhor é ficar em casa sob pena de apanhar uma molha daquelas que molham os parvos que saem de casa;
- ora, fui surpreendentemente informada de que não havia ofertas na minha área na dita feira! E eu que ia à feira comprar trabalho e até estava disposta a enfrentar esta chuva e a juntar-me ao clube dos parvos que a chuva molha! nada feito!

- já consegui decorar o texto. depois de muitas horas, já sei! Querem ver? Vou dizer: "Incluímo-las nas fotografias?" ENA PÁ! Tenho jeito pra isto! Com quem vou contracenar? Pois, não faço a mais pequena ideia! Isso é importante para os actores. Para o figurante, basta fazer figuras ou, até mesmo, figura de parvo. É caso para dizer que quem anda à chuva, molha-se! E é parvo!
- arrumei a roupita desarrumada e aspirei a lixarada. a papelada, os cds... ficam para dps... não posso arrumar tudo senão depois não posso vir para aqui queixar-me da minha vida desarrumada!
- mudei o modelo do blog... outra vez?? sim, mas eu já
tinha avisado que a coisa não ia ficar quieta muito tempo. Não gostei de ver outra pessoa com um blog igual ao meu. Confundiu-me o Tico, o Teco, pais e avós e parentes próximos. Tudo aqui aos pinotes. Teve de ser! Violência doméstica não... (Obrigada, Niusha, pela ajuda aqui com a personalização da minha sidebar!)

Pois, e não se faz muito... amanhã tenho de estar a pé as 5h30m, o que, para quem se deitou às 7h de hoje tem a sua piada para chorar...

Uma informação adicional, para quem possa interessar: audições para bailarinos da Micaela, amanhã, não sei onde nem a que horas, porque não procurei mais informações. Estão a ver-me a dançar o "oh, amor, liga-me e carrega-me no botão!"?

Estão?!?

sábado, outubro 21, 2006

1,2,3,4,5...

Outra vez... Depois de um post sobre a carência de sono dos portugueses, principalmente, como diz o Miguel Esteves Cardoso, dos que "atendem ao público", recebo uma carta da "amiga" Segurança Social... Ainda não a tinha visto, já aquelas letras tinham chegado aos meus sentidos, já a minha indignação ia por ali acima! As paredes de mim sofrem... Vou tentar acalmar, já vos conto.

(1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11...)

Pedi um documento há 15 dias atrás que deveria chegar no prazo de 10 dias úteis. 10 dias úteis depois, dizem-me que devo entregar um papelinho que, por acaso, LEVEI NO DIA EM QUE FIZ O PEDIDO E NÃO QUISERAM, para que eles possam proceder então à emissão da declaração que pedi, que demora 10 dias úteis a ser "cagada"!!!!! (depois de 15, mais 10... 'tão a ver... país obstipado este...) tudo porque fui atendida por uma senhora que me disse queridamente "Ah, eu não sei fazer isto!!" e, como a senhora não sabe fazer o trabalho para a qual foi destacada e é responsável, eu, em vez de esperar 15 dias, espero 30!!! e fico mais 15 dias sem trabalhar, quando aquela lambisgóia continua a passear-se pelas instalações de um serviço publico e a receber o dela que sai do meu bolso também! Minha senhora, sabe que mais?, vá dormir para sempre!!!! desta vez, longe do seu local de suposto trabalho...

Dormir II

"A importância de dormir" by Miguel Esteves Cardoso (excertos)

"Se há um segredo para se parecer mais novo do que se é, há só um: dormir. (...) O tempo que se passa a dormir não conta. Só se envelhece quando se está acordado. Quando se dorme, desliga-se o taxímetro metabólico. O meu tio, ao ver que eu gostava de dormir muito, avisava-me que um indivíduo que dormisse 8h/dia chegava aos 60 anos e tinha passado 20 anos a dormir. Eu, na altura, fiquei impressionado e tentei dormir menos (quando se é novo, viver muito parece sempre boa ideia). Hoje sei que um indivíduo de 60 anos que tenha passado um terço da vida a dormir só tem 40 anos de idade.
Enquanto se está a dormir, não se aprende nada, não se evolui (...), não se amadurece. Tenho um amigo de 30 anos que estão sempre a acusar de criancice e, de facto, como passa metade do dia (12h) a dormir, isso não é de espantar, porque ele só tem 15. (...) Não é dormindo que se adquire uma maneira adulta de encarar a vida.
(...) A vida tem 2 dias e convém passar um deles a dormir. O problema é que os portugueses não dormem. 9 em cada 10 portugueses têm olheiras. Porquê? Porque somos uma raça noctívaga com um horário teutonicamente madrugador. As pessoas que se levantam depois das 13h (coisas que os outros, os mal-encarados, têm a lata de chamar "levantar tarde") sofrem da mais terrível descriminação social. As padarias, fascistas, programam a cozedura do pão para estar fresquinho às 7h. Estalinistas. às 14h, as carcaças já não têm graça nenhuma.
(...) Os Espanhóis são mais civilizados nestas coisas, já que dormem uma sesta, que sempre os ajuda a enfrentar o resto do dia e da noite (...). O português, em contrapartida, teve de aprender a dormir acordado, o que tem o inconveniente de durar todo o dia. (...) As pessoas que trabalham a "atender o público" (...) deviam dormir mais. Algumas deviam dormir para sempre.
Para as coisas funcionarem conforme seria desejável, deveria ser absolutamente proibido que qualquer coisa acontecesse antes das 11h30 da manhã (uma concessão àqueles fanáticos um pouco nazis que, em vez de acordarem normalmente às 13h, despertam alegremente logo de manhã). (...)
O mundo é um campo de concentração com horários rígidos. (...)
Se os portugueses dormissem bem, não andávamos todos a dormir."

sexta-feira, outubro 20, 2006

Dormir I

Tão bom dormir... só me apercebi disso a partir de certa altura da vida. A partir da altura em que me permiti determinados luxos. Tão bom não estar sempre "a postos" - que expressão é esta? -, não estar sempre pronta para a vida, não manter sempre o nível (pra ti, Carlota!)... simplesmente não... Agora tenho mesmo o direito a não estar sempre acordada, a dormir mais um bocadinho...
Entretanto, depois de ter lido o post da Rosa ("Ai, ai..."), que começa por dizer "Custou-me imenso levantar da cama." e acaba a dizer "Quero voltar para a barriga da minha mãe.", deu-me para teorizar sobre a nossa caminha-útero.
Se calhar voltamos todos um bocadinho para a barriga das nossas respectivas quando nos deitamos todas as noites enroladinhos nos lençóis ou no edredón, dependendo da necessidade de calor dentro de cada um. E todos os dias temos a oportunidade de "nascer".... Há aqueles que berram assim que acordam. E aqueles, mais preguiçosos, que precisam de um empurrãozinho para acordar para a vida. Eu sou aquela. Mas mais aquela. Há dias, mas há mais uns que outros!
Eu não quero voltar para a barriga da minha porque parece que a coisa não foi muito pacífica - continua a não ser -, mas acho que posso reclamar o direito que não tive a dormir um bocadinho mais, há 26 anos atrás! Empurraram me cedo demais! Reclamo todos os dias o direito aos 2 meses e meio que me foram roubados, quando quero ficar mais uns minutos na minha caminha. Só não quero acordar prematuramente todos os dias!! Parece-me justo... Quero amadurecer* primeiro... :P

P.S. Mas, como diz uma pessoa muito especial, "a vida não é justa". E, portanto, há que lutar contra a preguiça, em vez de arranjar desculpas... é que nunca se sabe quando nos vão empurrar para a vida ou para onde a vida nos empurra. No tempo ou antes do tempo, infelizmente, há que estar preparado para a luta.

P.S. Mas eu tinha o direito... (beicinho)

*conf. post seguinte

Maravilhas da vida a dois

(num canal da tv cabo)
Pergunta um casal de clientes à astróloga:
"Nós somos compatíveis?"
Resposta:
"Vocês são compatíveis porque são maravilhosamente opostos..."

Ou seja, quando se questionarem acerca das diferenças que eventualmente - ou quotidianamente - vos possam separar da vossa cara-metade, a pergunta que têm de fazer não é "será que somos muito diferentes?", mas sim "será que somos maravilhosamente diferentes?". A maravilhosa diferença é aquela que completa, que enriquece, proporcionando maravilhosamente ao outro a metade da "cara" que ele não tem. Assim se cresce. Acrescendo nas despesas relacionais do(a) teu(tua) companheiro(a) o imposto a pagar por estar contigo e não com outra pessoa qualquer e seres maravilhosamente TU. :P

P.S. Cuidado porém com as diferenças que nada têm de maravilhoso!! Não papar grupos! Não ir em cantigas, lengalengas e afins!

quarta-feira, outubro 18, 2006

Dos que marcaram (pela positiva e pela negativa)

Tenho saudades? Tenho. De ouvir "é a melhor coisa que eu tenho na vida". é bom ser uma coisa boa dentro de alguém. (tb eras a melhor coisa que eu não tinha na vida...) Tocámos no melhor e no pior um do outro. E "quebrámos os dois", antes da meta.

Tenho saudades? Tenho. Da forma como me tocas, me mexes e me baralhas. Pena que não permitas que te toque, te mexa e te baralhe por dentro com medo de te perderes e não encontrares o caminho de volta a casa.

Tenho saudades? Tenho. De me sentir protegida nos teus braços. Protegida dos meus medos de ser diferente, de ser eu. Da tua generosidade, apesar do risco. Estás na minha caixinha de jóias. Obrigada por isso. Diamonds are forever...

... as saudades que se sentem no caminho de volta à casa de mim. ficaram muitas coisas para trás. e ficaram muitas coisas guardadas na caixinha dos afectos. outras na caixinha das tristezas, mas essa é para ir esvaziando e/ou transformando aqui. de dentro para fora e de fora para dentro.

P.S. Depois há aquelas muitas coisas que ainda não têm caixinha...

Ceguinha da alma

O nosso inconsciente está sempre mto mais à frente. Então não é que cada post que escrevo se me é devolvido sob várias formas nos dias seguintes? falava eu dos maus costumes - dos meus, claro - aqui - e só - no blog... e o psicólogo - que não lê o meu blog - pergunta-me quase em forma de afirmação, mas com o toque de dúvida e de pergunta aberta para não ser muito agressivo, como se eu não percebesse que, como quem não quer a coisa, quer dar-me uma "trolitada" nas orelhas mas sem que eu me dê conta para não lhe oferecer muita resistência e poder assim ficar KO de uma cajadada só: "Ficou com pena de si própria..." (silêncio perante a minha cara de "deves querer levar", mas muito bem disfarçada, convenço-me eu) "Não sei, se calhar não foi isso..." (continua ele, com o ar mais descontraído do mundo)" se calhar, sei lá.... (cabrão!) Há sempre alguém que me devolve as minhas questões sem que eu as ponha. Quase que me sinto um livro aberto. Quando andava a pensar no que fui, no que sou e no que (a)pareço, aparece o D.C. que me diz "Quem te viu e quem te vê!" Como sabia ele que me andava a questionar sobre o que via e o que vejo em mim? Agora falo em maus costumes tão tugas, como a depressão que interiorizamos e choramos, para sermos os bonzinhos e as nossas queixinhas serem alvo de absolvição... e, no dia seguinte, dizem-me que tenho pena de mim. Mas eu nem falei nisso!! Ando a pre-ver o que me vão dizer no dia seguinte. Andam a pre-sentir o que eu sinto. Estou, paranoicamente falando, cercada! pelo meu inconsciente, que salta (literalmente) à vista... ou pelas questões que vou tornando corajosamente - passo intencionalmente a modéstia - conscientes!

Tudo vale a pena, quando a alma não é pequena... E eu posso valer essa pena. Ou será que não? ok, n era bem dessa pena que o poeta falava... ok, ok, não batam mais no ceguinho!

5-1 (caguei! mais uma "trolitada" no ceguinho, de mim para mim...)

P.S. Impressionante como precisamos de um espelho que nos devolva a imagem. A nossa. Obrigada D.C.. Obrigada Dr. F.. Por não me deixarem ser ceguinha da alma durante muito tempo.

P.S. 2 - Será que o Fernando - o Pessoa - também tinha pena dele próprio?

terça-feira, outubro 17, 2006

Costumes

Acostumamo-nos a coisas impensáveis. "Dói-me as costas. é o costume." "Ele não me liga nenhuma. é o costume." "Comi mais do que devia. é o costume." "Chateei-me com a minha mãe. é o costume." "não tenho sorte nenhuma. é o costume." "cheguei atrasada. é o costume." é caso para dizer que estamos muito "mal acostumados"... Já ouviram alguém dizer: "Estou feliz. é o costume!"?
O mau costume, em algum momento, passou a fazer parte: entra. entranha-se. e faz parte. fácil. O bom costume fica só de passagem. Visita-nos de médico. às vezes de bombeiro. mas depois vai à vida, salvar outras vidas...


5-0 (com alguma batota. substitutos do chocolate. é o costume!)

segunda-feira, outubro 16, 2006

Chove e troveja lá fora

"Imprevisível" - Mafalda Sachetti

imprevisível
de longe em longe um sinal
lume no céu cinzento
estranha sensação dentro de mim
andam nuvens nos meus ideais

quando eu te passo a minha chama e tu és luz
a fantasia acorda em mim e a dor parece desmaiar bem devagar
mora longe a paz que me seduz
estará perdida ou irá voltar?

imprevisível
veneno doce a entrar pela pele de seda a esvoaçar
anda, vem vestir a minha pele
faz-te ao mar e entra em mim

qdo a loucura for p'ra nós fundamental
plantarmos sonhos nos jardins
e a solidão se esconder de nós bem devagar
teremos nós chegado ao fim quando o céu for mais azul?

qdo a loucura for p'ra nós fundamental...

é preciso plantar sonhos e permitir a loucura de tornar o céu mais azul para chegar ao fim... para a chuva parar lá fora...

"EMOÇÃO QUER EXPRESSÃO"

Falava eu em avalanches... Tem piada. Hoje fui mesmo "açambarcada" e dominada pela avalanche das emoções. Das minhas. Senti-me desconfortável por ter sido a única do grupo a sentir-me ultrapassada pelos sentimentos. Pelos meus. "Foste apenas a primeira. Eles todos vão passar pelo mesmo; tu apenas estavas mais receptiva." A emoção quer. A emoção pode! Foi o que eu vivi.

4-0

Nota: Workshop de Introdução à Massagem Biodinâmica

sábado, outubro 14, 2006

Ressaca - parte II

Quando decidimos destapar o buraco ou simplesmente abrir os olhos, é difícil sentir a avalanche que de repente nos leva para a fila da frente da sessão premium da realidade... sem muletas, sem recuos... os óculos estão postos, o filme começou... é caso para perguntar "onde é que eu já vi este filme?" há algumas hipóteses: sair a meio e voltar a disfarçar o buraco. ir para a fila de trás e fingir que não se vê mto bem até pq está um cabeçudo à nossa frente. trocar de sala, pq afinal o filme do lado até é para rir. ou ficar e sentir. sentir dói.

2-0

sexta-feira, outubro 13, 2006

Ressaca

Tenho só a dizer que estou cheia de dores de cabeça... Mas não vou comer chocolate! Com as dores de cabeça posso eu bem! há dores piores! 1-0 pra mim!

quinta-feira, outubro 12, 2006

Hiperactividade interior

Depois de experimentar quase todos os modelos de blogs e ainda assim não encontrar um que me convencesse completamente, decidi-me por este. se por um lado, significa que não tenho mais nada para fazer, por outro lado, diz também que não estou contente com esse "não ter nada para fazer". não estou contente com o não encontrar lugar para tudo o que poderia fazer e por isso não estou quieta em mim. Na verdade, nenhum blog virtual me satisfaz porque o que eu procuro é um blog real, um espaço para existir na realidade e não no ecran claustrofóbico de um computador. Em bom português, casa e trabalho.

Não estar contente deixa-me as entranhas inquietas de insatifação. Talvez o chocolate as aquiete momentaneamente. A sério que sim. Mas a sério que voltam a desorientar-se. E a sério que voltam a pedir algo que as sossegue. A sério que este modelo do blog não deve ficar quieto mto tempo. Não há nenhum que pisque, apite, acene, bata o pé e deite a língua de fora?

Tinha que estar a dormir há muito! Afinal tenho que dormir! Mas, se algo se dorme dentro de mim que não me deixa andar para a frente, algo não consegue fechar os olhos a tanta desarrumação. tanta "inquietação".

Devia acordar para o "dia" e adormecer para a "noite". EUREKA! Sim, porque já dizia uma ilustre senhora da nossa sociedade que "estar vivo é o contrário de estar morto". Para quem o considerou um comentário infeliz de óbvio, eu posso dizer que se pode viver como se se estivesse morto e/ou estar morto para a vida apesar de vivo. Por isso, há que elucidar: TOCA A VIVER que é o contrário de... Já perceberam a ideia ;) hehe. Brigada, Lili!!

SIN MIEDO (Rosana)

Sin miedo sientes que la suerte está contigo
Jugando con los duendes abrigándote el camino
Haciendo a cada paso lo mejor de lo vivido
Mejor vivir sin miedo

Sin miedo, lo malo se nos va volviendo bueno
Las calles se confunden con el cielo
Y nos hacemos aves, sobrevolando el suelo, así
Sin miedo, si quieres las estrellas vuelco el cielo
No hay sueños imposibles ni tan lejos
Si somos como niños
Sin miedo a la locura, sin miedo a sonreir

Sin miedo sientes que la suerte está contigo (...)

Sin miedo, las olas se acarician con el fuego
Si alzamos bien las yemas de los dedos
Podemos de puntillas tocar el universo, sí
Sin miedo, las manos se nos llenan de deseos
Que no son imposibles ni están lejos
Si somos como niños
Sin miedo a la ternura, sin miedo a ser feliz

Sin miedo sientes que la suerte está contigo (...)

Lo malo se nos va volviendo bueno
Si quieres las estrellas vuelco el cielo
Sin miedo a la locura, sin miedo a sonreir

quarta-feira, outubro 11, 2006

... já se foram mais de 45 minutos e n morri sem chocolate! a mnh amiga N. diz que "não pensamos nas tristezas quando temos um chocolate na boca". eu diria que engolimos as tristezas e ficamos mais longe de nos livrarmos delas!

... bateu-se-me mais depressa como quem não quer a coisa... mas depressa ordenei que se aquietasse! xogadito!

... mais umas bolachinhas de chocolate para as minhas pernas... necessidades de quem não "berra alto"! xogadita demais...

... quer-se-me mais chocolate... resolve alguma coisa? pois não resolve! n resolve!!! aiii! quem manda??

Ser EU

Ser EU é descobrir as minhas coisas boas e cultivá-las. :)
Ser EU é aceitar os meus defeitos e não viver permanentemente frustrada com eles. :)
Ser EU é assumir essa frustração. :)
Ser EU é não deixar que me atropelem os direitos a ser simplesmente EU. :)
Ser EU é ser humilde o suficiente para olhar para os meus erros de frente. :)
Ser EU é ser corajosa o suficiente para olhar para os meus medos de frente. :)
Ser EU ainda não é bem isto!
Ser EU é às vezes fugir a sete pés dos meus medos porque não sou perfeita.
Ser EU é, dentro dos possíveis, respeitar os limites do outro e que também me limitam.
Ser EU é irritar-me com esses limites e, por vezes, ultrapassá-los! Por que carga de água as coisas não chovem como EU quero?
Ser EU é ser egoísta, mas sentir-me culpada com isso e fazer demasiado pelos outros, às vezes.
Ser EU é ser invejosa mas sem que ninguém o note.
Ser EU é zangar-me e guardar tudo para mim, para as minhas paredes passarem a vida a reclamar porque eu as trato tão mal...
Ser EU é ter pena de mim muitas vezes em vez de lutar por mim muitas mais vezes!
Ser EU é ser imperfeita e sentir-me frustrada todos os dias com isso.
Ser EU é querer que todos gostem de mim.
Ser EU é ser arrogante quando não aceito os meus defeitos.
Ser EU é não acreditar muitas vezes nas minhas coisas boas.
Mas ser EU também é querer mudar e crescer.
Ser EU é poder fazer alguma coisa, não só pelos outros, mas também por mim.
Ser EU é conseguir, ser capaz e continuar o caminho, um dia de cada vez...

... sem me preocupar com aquilo que os leitores do meu blog vão achar do que escrevo - mas já me preocupando :P - porque este é o espaço dos meus berros e os meus berros são silenciosamente agressivos, a avaliar pelo que se queixam as minhas paredes... qdo falo de mim, só me posso repetir. são 26 anos de repetição de mim. qdo danço de mim, qdo oiço de mim... TUDO EU! TUDO EU! Sai de baixo!!!

terça-feira, outubro 10, 2006

Dia Inútil

Se cada semana tem 5 dias úteis, esta para mim já só tem 4 porque a inutilidade do dia de hoje para mim superou a do dia de ontem na SS! Os limites são realmente úteis para nos organizarmos. Quanto mais tempo livre tenho, menos tempo consigo ocupar! A ver se digo isso ao psicólogo hoje... depois de quase 5 anos de terapia, ainda fico ansiosa, ainda me apetece fugir a 7 pés daquela cadeira. da cadeira da verdade. da cadeira da realidade.


Sobrevivi!! "é difícil ouvirmo-nos em voz alta porque às vezes não gostamos do que ouvimos". Afinal não falei do meu tempo. Pelo menos do meu tempo de hoje. Ouvi-me a falar do que fui, do que "aparecia" e do que sou... Sou mais eu... Sou eu. Ser eu é bom! Ou é como tudo na vida, uns dias corre melhor, outros dias pior...

segunda-feira, outubro 09, 2006

"Ai, por que é que a porcaria do medo tem de vir sempre enrolada às coisas??"

Vejo tv para não ouvir os barulhos de dentro, mas por vezes os barulhos de fora encontram-se com os de dentro. E lá fora continua a chover. Ouve-se. Diz que sim.

"Tenho medo dos meus medos..." (R.) Pois é, amiga, poluição sonora, é o que te digo! Precisamos de uma QUERCUS para os nossos jardins. E podemos começar já por fazer um estudo de impacto ambiental!

"O meu desejo venceu o meu medo." (Carrie, O Sexo e A Cidade ) Olha, amiga, o que desejas tu? Toca a desejarrr!

"Ai, por que é que a porcaria do medo tem de vir sempre enrolada às coisas??" (Bárbara, Tempo de Viver ) AAAIII! Por que é que o chocolate se me enrola em mim e se se me apessoa das pernas sob uma forma gelatinosa e eu não "o" deixo?? Quero o divórcio!!! Por que não nos separamos das coisas que nos fazem mal? Medo de quê??

Porque a porcaria das coisas más tem de vir sempre enrolada às coisas boas que não queremos perder!! essa é que é mais essa!

Uma Aventura na Cidade

Dois dias perdidos na Segurança Social para ainda ter de esperar 10 dias úteis por um documento para lá de útil (ou não) para a minha própria utilidade neste país. Segurem-me a paciência!! porque não me seguram muito mais...

P.S. Poderei eventualmente mudar de opinião se o tal documento-maravilha for capaz de me assegurar alguma coisa.

NOTA: Quem quiser senhas, sem as quais não se assegura nada, pode planear uma jogatana com os amigos à porta da SS all night long . O delírio!! (Como boa amiga que sou, seria incapaz de pedir isso a um amigo. O melhor mesmo é arranjar amigos que morem à frente da SS, ou, por que não, dentro da SS! Váaaa láá, não queres ser meu amigo??????)

"Quem eu era, quem eu sou e o que pareço..."

Estava eu aqui a tentar arrumar as minhas desarrumações, ao mesmo tempo que tinha a televisão ligada - para não ouvir nada de dentro a gritar que o que precisa de ser arrumado é outro quarto -, quando oiço o senhor Paco Bandeira na ternura dos seus "não-sei-quantos-enta" a cantar, entre outras palavras, as que sobrescrevem este post... "quem eu era, quem eu sou e o que pareço..." fiquei com elas sem muita noção do que tocaram em mim. guardei-as. talvez precisasse mesmo de arrumar no quarto da mente o que fui, o que sou e o que pareço. enquanto isso, vou arrumando o quarto do corpo para apaziguar as paredes que, se têm ouvidos, devem ter também todos os outros sentidos. Não quero que sintam o que eu sinto. Disfarço então para não parecer... para não (a)parecer... às minhas paredes, claro!

Dois dias depois, encontrei o D.C. dos tempos da escola secundária. Éramos miúdos, crescemos. Mas, de alguma forma, parece que estamos à espera de encontrar algo cristalizado na outra pessoa que nos faça identificá-la e lá sai o clichet: "Não mudaste nada!" (que concorre com o "'Tás tão crescida! Andei contigo ao colo!", que não se aplica a este caso, visto eu e o D.C. termos nascido no mesmo mês do mesmo ano e nunca termos passado pelo colo um do outro. bem, mas nunca se sabe! ou nunca queremos saber, que é para a coisa ter mais piada! para a "coisa-vida" ter mais piada...). Neste caso, o D.C. não encontrou em mim a amostra de cristal dos anos áureos da menina certinha, controlada e que aparecia como um exemplo de "juízo perfeito" aos olhos dele. Pois, a menina tinha que "dar o berro" de alguma forma. Ainda não dá berros muito altos para não ferir susceptibilidades, principalmente as das suas paredes, claro, mas vai dando alguns com o corpo para aliviar a mente! O D.C. estava chocado e eu pergunto-me: "já não sou o que era, ou já não pareço o que no fundo não era mas "aparecia" que era? ou continuo a ser o que era mas não aparece o que fui? Sei o que era, vou sabendo o que pareço, mas sei o que sou?" Dramas que já lá cantava o Paco da Bandeira. O drama maior é que ele cantava sobre os "quarenta" e eu já estou neste estado aos 26! Conclusão: adolescência, que tanto me queres dizer? Solta o berro que há em ti! O berro que não soltaste.

Mas, no fundo, apesar da "desilusão" do D.C., ele encontrou-me crescida em palmos interiores. O balanço é positivo. E, passado o estado de choque, acho que ele concorda. E as minhas paredes também, apesar do trabalho que lhes dou. Pensando bem, o D.C. é que não devia estar no seu "juízo perfeito" quando ajuizou alguma perfeição em mim! Juízos imperfeitos!!

domingo, outubro 08, 2006

DIA M


M de Mulher, M de Mudança, M de Melhor... A parte do "dia" M é um eufemismo, porque na realidade serão dias, meses, anos M, um caminho longo a percorrer... No fundo, uma vida M! Não querendo sentir-me assustada com a ideia de que é todo um processo "duracell", chamo-lhe DIA, porque todos os dias podem ser dias M. É uma luta diária por uma vida M!

A criação deste blog traduz assim a minha atitude M, um passo M.

Podia chamar-me Phil... Uma vida a sentir...