domingo, junho 24, 2007

DONA

Dona desses traiçoeiros
Sonhos, sempre verdadeiros
Dona desses animais
Dona dos seus ideais

Pelas ruas onde andas
Onde mandas todos nós
Somos sempre mensageiros
Esperando tua voz
Teus desejos, uma ordem
Nada é nunca, nunca é não
Por que tens essa certeza
Dentro do teu coração
Tan, tan, tan, batem na porta
Não precisa ver quem é
P'ra sentir a impaciência
Do teu pulso de mulher
Um olhar me atira à cama
Um beijo me faz amar
Não levanto, não me escondo
Porque sei que és minha
Dona...

Dona desses traiçoeiros
Sonhos, sempre verdadeiros
Dona desses animais
Dona dos seus ideais

Não há pedras em teu caminho
Não há ondas no teu mar
Não há vento ou tempestade
Que te impeçam de voar
Entre a cobra e o passarinho
Entre a pomba e o gavião
Ou teu ódio ou teu carinho
Nos carregam pela mão
É a moça da cantiga
A mulher da criação
Umas vezes nossa amiga
Outras nossa perdição
O poder que nos levanta
A força que nos faz cair
Qual de nós ainda não sabe
Que isso tudo te faz

Dona, Dona...

(Roupa Nova)

Porque ainda há quem se entregue sem reservas, sem temer ser controlado pelo outro... E consiga tirar partido da dualidade que lhe reconhece - porque a reconhece e aceita em si - , a da balança que nos mantém desequilibrados para que possamos, procurando sempre o equilíbrio, lutar pelos nossos ideais...